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Prédio no bairro Forte Apache com o rosto de Tevez. |
Decisivo em campo e decidido sobre os rumos de sua vida, Tevez é idolatrado por argentinos, brasileiros e ingleses e amado pelos clubes por onde passa, sem fazer questão de agradar.
De infância humilde, Carlitos nasceu e foi criado na periferia de Buenos Aires, Forte Apache, um dos bairros mais pobres e violentos do país, que inclusive originou o apelido do atacante: “El Apache”.
Tevez leva consigo pra vida inteira um ensinamento que aprendeu quando era criança: “um homem decide seu destino”. É sua filosofia de vida desde quando não tinha o que comer e andava descalço. E continua a ser agora, quando veste Dolce & Gabbana e usa relógios de 70.000 dólares. Tevez chutava pedras descalço, quando um caçador de talentos o levou para seu primeiro clube. Muitos de seus amigos de infância vêem suas façanhas de dentro da prisão e outros já nem estão vivos. Tevez se privou dessa vida, afinal “um homem decide seu destino”.
O atacante leva esse conceito para sua carreira também. Em 2005, quando ainda jogava no Corinthians, Tevez espantou a todos dizendo que pretende encerrar sua carreira aos 28 anos. O motivo: as pancadas que leva. “Desespero-me quando penso em não poder caminhar bem quando mais velho. Não quero que minha filha me veja manco.” Disse Carlitos.
E já que “um homem decide seu destino”, Tevez deixou o Boca quando quis, deixou o Corinthians quando quis, deixou o West Ham quando quis, deixou o Manchester United quando quis e deixará o Manchester City quando quiser, ainda que lhe faltem três anos de contrato. Tevez decide e ponto.
Na Argentina, ele é o jogador do povo. A devoção que Messi só ganhou após um Mundial sub-20, uma Olimpíada, duas Copas e 150 gols em cinco anos de Barcelona, Tevez conseguiu desde o primeiro dia.
E não é só com os Argentinos. Se há dois rivais futebolísticos da Argentina, são Brasil e Inglaterra. Tevez conseguiu despertar a paixão nos dois países.
Sérgio Batista, técnico da seleção argentina deixou de convocá-lo para vários amistosos. Resultado: a torcida argentina caiu em peso em cima do técnico, que quase perdeu o emprego.
Tevez também foi o único jogador que enfrentou o presidente da AFA na saída de Maradona. Júlio Grondona nem respondeu o atacante, pois sabe que não se deve confrontar com o preferido do povo.
Nessa Copa América, com o começo quase desastroso da seleção Argentina, o único incontestável do time é Carlitos. E por onde passa é ovacionado pelos argentinos.
Ontem, uma faixa no estádio dizia “TEVEZ + 10” e após o empate com a Colômbia, Tevez foi o único a falar com a imprensa, e deu a cara a tapa: “Jogamos mal, merecíamos perder.” E nínguem o contestou.
Tevez é um ídolo! O jogador que o torcedor argentino se vê em campo.
Acostumado a decidir dentro e fora dos gramados.

Abçs.
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