No sábado, São Paulo e Santos se enfrentaram num Morumbi cheio. Como a muito tempo não se via.
Foi um grande jogo, onde no final, venceu a melhor tática e o time que possuia mais talentos individuais.
Eu que sempre sou um dos primeiros a criticar o Muricy. Hoje, abaixo a cabeça e o elogio pela aula de tática que deu no Carpegiani. Só hoje tá?! rsrs
O Santos entrou mal escalado em campo. Ganso e Elano estavam muito recuados. Zé Love era um cone. Neymar tentava partir pra cima, mas sozinho, pouco conseguia fazer. Porém, o São Paulo começou mal o jogo e nos primeiros 15 minutos, o Peixe assustou bastante. Rogério, em grande fase, conseguiu segurar.
Depois disso, foi um massacre tricolor. O São Paulo partiu pra cima e diversas vezes chegou com perigo na frente de Rafael que, também em ótima fase, conseguiu fazer grandes defesas.
Faltava alguma coisa ao São Paulo. Alguém que pudesse dar mais qualidade a essa chegada ao ataque. Alguém chamado Lucas talvez.
No Santos, faltava Ganso aparecer.Veio o segundo tempo e Muricy tira o atacante Zé Love, que era um a menos em campo pro Santos, e bota Bruno Aguiar, um zagueiro.
Aqui em casa, pensei comigo: "Esse é o Muricy! Numa semi-final, precisando vencer, tira um atacante e bota um zagueiro. Agora vai jogar na retranca e esperar uma jogada de bola parada com 3 zagueirões na àrea!".
Vamos combinar que é bem a cara dele né! Mas dessa vez, fomos surpreendidos. A explicação de Muricy para a substituição era simples: "botar mais um zagueiro, preencher o meio-campo e liberar Elano e Ganso da marcação." Ó! Na teoria muito bom, na prática, melhor ainda!
Em jogada individual, Neymar passa para Ganso que coloca, não cruza, coloca na cabeça de Elano. 1 a 0 Santos.
Depois do gol, o Tricolor paulista se perde mais ainda em campo. Carpegiani não consegue mexer no time para reverter o resultado e em um passe genial de Ganso para Neymar, o garoto invade a área, é tocado, não cai, perde o ângulo pro chute, para, levanta a cabeça e toca para Ganso marcar o 2º gol e fechar de vez o caixão do São Paulo.
Fim de jogo. São Paulo 0 x 2 Santos. O Peixe está na final do Campeonato Paulista pelo 3º ano consecutivo.
No domingo foi a vez de Palmeiras e Corinthians se enfrentarem. Pacaembu lotado. Muita pimenta nos bastidores antes do jogo esquentaram ainda mais o clássico.
O Palmeiras disponibiliza apenas 2 mil ingressos para corinthianos, contrariando um acordo feito pelos dois clubes no qual o time visitante teria direito ao tobogã do estádio, irritando o lado alvi-negro.
Depois, Felipão e um dirigente palmeirense insinuam favorecimento ao Corinthians por escalar o árbitro Paulo César de Oliveira que teria um histórico de prejudicar o Palmeiras.
Ato totalmente desnecessário e irresponsável.
Vamos para o jogo, ou para guerra como queiram. Afinal, o campo do Pacaembu virou um campo de batalha né?!
Logo no primeiro minuto de jogo o já irritado Kléber empurra Chicão pelas costas e já ganha o cartão amarelo. Várias jogadas fortes de ambos os times refletiam o mal estar causado antes da partida.
O Palmeiras era muito, mas muito, mas muito superior ao Corinthians nos primeiros minutos de jogo e o que sentíamos é que seria um massacre alvi-verde.
Porém, alguns fatos começaram a mudar a história do jogo.
Primeiro, Valdívia foi tentar fazer o seu tão falado drible "chute no vácuo" e se machucou sozinho. Um lance no mínimo ridículo.
Depois, Danilo deu um carrinho pela frente com as duas solas no meio de Liédson (que também entrou forte) e foi expulso. Merecidamente, sem discussão.
Logo após, Felipão, nervoso desde o começo do jogo, faz um sinal dizendo que o jogo estava sendo roubado. O 4º àrbitro viu e Felipão também é convidado a se retirar.
Sem técnico, sem um dos melhores jogadores e com um a menos em campo, virou obrigação do Corinthians mandar no jogo. Mas não foi o que aconteceu. Veio o segundo tempo e mais uma vez, o Palmeiras melhor. O melhor jogador em campo era Marcos Assunção que em duas cobranças de falta quase marcou e em cobrança de escanteio, botou na cabeça de Leandro Amaro que, ai sim, marcou. 1 a 0 Palmeiras.
O alvi-verde era melhor mas o Corinthians não estava morto e William quis deixar bem claro isso. De cabeça, empatou o jogo no Pacaembu.
O resto do jogo foi o Palmeiras atacando muito, o Corinthians tentando contra-ataques (sem sucesso) e os jogadores palmeirenses fazendo de tudo para jogar a torcida pra cima do juíz. Kléber era um dos que mais se esforçava para isso.
Fim de jogo. 1 a 1, vamos para os penaltis.
Todos os 5 primeiros cobradores dos dois times bateram muito bem suas penalidades e converteram.
Chegou a hora das cobranças alternadas. João Victor do Palmeiras bate, Julio César defende. Cachito Ramirez bate pro Corinthians, bola no fundo da rede. Corinthians na final.
Santos e Corinthians reeditam a final de 2009. O primeiro jogo será no Pacaembu, o segundo na Vila Belmiro. Vantagem que o Peixe conquistou pela péssima e confusa fórmula de disputa do Paulistão.
Os dois times chegam a final com méritos.
Quem será o grande campeão paulista de 2011? Façam suas apostas.
Abç.
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